três, é o terceiro livro publicado de Nuno Ega, no entanto, a escolha do título vai além desta coincidência. Na apresentação do segundo livro do autor, o rapaz que não sabia enterrar tempestades, Antonio Sáez-Delgado falou da poesia de Nuno Ega como sendo melancólica, por vezes; nostálgica, em ocasiões; metafísica, com muita frequência. Disse ser uma poesia que vai à procura do essencial, que imita as emoções da vida, que nos fala da memória como uma casa na qual todos habitamos e da qual não podemos fugir.
 
Nuno Ega escreve por necessidade, porque as palavras lhe aparecem e teimam em sair, cresce com as que pensa e conhece-se melhor com as que expõe no papel. Na conversa que surgirá entre o leitor e este livro aparecerão emoções e talvez apareça uma pequena peça nova na casa que é a vida de cada um de nós. Se isso acontecer, valeu a pena ter entrado por este livro adentro.
 
O rapaz que não sabia enterrar tempestades é o segundo livro de poemas de Nuno Ega, pseudónimo de um professor universitário da Universidade de Évora. Nasceu em Mértola, em 1964. Gosta da sua terra como as crianças gostam do colo dos pais. Vive em Évora. Em 2017, publicou o seu primeiro livro a viagem do pano branco.